quinta-feira, 10 de junho de 2010

Cnidários


O Filo Cnidaria (do grego knidos, irritante, e do latim aria, sufixo plural) são os animais aquáticos conhecidos popularmente como celenterados ou cnidários, de que fazem parte as hidras de água doce, as medusas, alforrecas ou águas-vivas, que são normalmente oceânicas, e os corais e anémonas-do-mar.
Os celenterados, ou cnidários, são os primeiros metazoários a exibir uma cavidade digestiva ou cavidade gastrovascular (1a ocorrência nos animais), com uma abertura única que funciona como boca e ânus, portanto o tubo digestivo é incompleto. Todos os membros do filo possuem, ao redor da boca, tentáculos dotados de células urticantes (cnidoblastos) que auxiliam na captura de alimentos. A digestão enzimática do alimento começa nessa cavidade extracelularmente e termina no interior (intracelularmente) das células muscular-digestivas, que fazem parte da gastroderme.
Os cnidoblastos, exclusivos dos celenterados, são células especiais, dotadas de uma cápsula - nematocisto - contendo toxinas e um filamento inoculador enovelado. Na superfície externa do cnidoblasto há um cnidocílio que, quando estimulado, provoca a abertura do nematocisto; o filamento inoculador é evertido, descarregando suas toxinas sobre a presa.
Os cnidoblastos se distribuem pela epiderme e degeneram após serem disparados. A sua regeneração, assim como dos outros tipos celulares, será feita por células intersticiais indiferenciadas.
O sistema nervoso é difuso (1a ocorrência nos animais) e formado por neurônios que se interligam da mesogléia para a gastroderme e epiderme. Não apresentam cérebro ou centro coordenador dos impulsos nervosos.
Os celenterados apresentam respiração e excreção por difusão simples e em qualquer parte da superfície corporal.




 


Imagens

Poríferos
Os poríferos, também conhecidos como espongiários ou simplesmente esponjas. Supõe-se que eles sejam originados de seres unicelulares e heterótrofos que se agrupam em colônias ou vivem isolados.
São animais que não possuem órgão de locomoção e nem sistema nervoso, grande parte está presa a rochas e algumas soltas no fundo do mar.


O alimento dos poríferos entra no animal junto com a água através de poros onde posteriormente são fagocitadas pelos conócitos.



Organização do corpo dos poríferos


O corpo de um porífero possui células que apresentam uma certa divisão de trabalho. Algumas dessas células são organizadas de tal maneira que formam pequenos orifícios, denominados poros, pelos quais a água penetra trazendo alimento e oxigênio, em todo o corpo do animal. É por isso que esses seres recebem o nome de poríferos (do latim porus: 'poro'; ferre: 'portador').


A água penetra no corpo do animal através dos vários poros existentes em seu corpo. Ela alcança então uma cavidade central denominada átrio. Observe também que a parede do corpo é revestida externamente por células achatadas que formam a epiderme. Já internamente, a parede do corpo é revestida por células denominadas coanócitos.
Os poríferos são animais filtradores, já que filtram a água que penetra em seu corpo, retirando dela alimento e gás oxigênio. Depois disso, a água com resíduos do metabolismo desses animais é eliminada para o ambiente por meio de uma abertura denominada ósculo.


O esqueleto das esponjas é formado por diversos tipos de substâncias. Entre elas destacam-se as espícolas de calcário ou de sílica, com formas variadas, e uma rede de proteína chamada espongina.

Embora pluricelulares, os poríferos têm uma estrutura corporal diferente dos demais metazoários. As suas células possuem um certo grau de independência e não se organizam em tecidos.
A parede do corpo é constituída por 2 camadas celulares. A camada externa é formada por células achatadas (pinócitos, forma a epiderme). Entre os pinócitos, há células maiores e alongadas que se estendem desde a parede externa até a parede interna. São os porócitos, células que possuem um canal em seu interior, que permite a entrada de água do exterior para a espongiocela, através da abertura chamada óstio.





Reconhecem-se três tipos estruturas de esponjas:


 Ascon, sicon e lêucon, que diferem entre si pela complexidade da parede do corpo.


O tipo ascon é o mais simples. A parede é fina e possui poros inalantes que se abrem diretamente na espongiocela. Esta é revestida por coanócitos. As esponjas do gênero Leucosoleina pertecem aos ascons.
Nas esponjas do tipo sicon, a parede do corpo é formada por projeções em forma de dedos. Identificam-se dois tipos de canais: os inalantes e os radiais. A água penetra pelas camadas radiais, indo para a espongiocela. Os canais radiais são revestidos internamente por coanócitos.
No tipo leucon, a parede do corpo é mais espessa e percorrida por um complicado sistema de canais. Há canais inalantes e exalantes e, entre eles, câmaras revestidas por coanócitos. A água penetra pelos canais inalantes, passa por câmaras vibráteis e vai à espongiocela pelos canais exalantes. As esponjas adultas não se locomovem. Os poros podem se abrir ou fechar.




quarta-feira, 26 de maio de 2010

DIVERSIDADE DA VIDA

I- A Classificação e Parentesco Evolutivo
  • A Taxonomia ou Sistemática é a divisão da biologia que se encarrega de estudar as possíveis relações de parentesco entre os seres vivos e sua classificação.
  • Tipos de Sistema de Classificação:
I- Artificial: (biologicamente não é correto) se baseia em uns poucos caracteres escolhidos arbitrariamente para classificar um determinado organismo. ex: classificação em aquáticos e terrestres; alados e sem asas; microscópicos e macroscópios; etc.

II- Natural: Proposto em 1735 por Lineu. Em seu livro Systema Naturae, coloca suas idéias sobre a classificação biológica: 
- Segundo Lineu, as semelhanças existentes entre os seres vivos, escolhidas com muito critério, representam a base da classificação biológica.
  • Lineu era adepto ao fixismo (criacionismo) e ,portanto, não acreditava na evolução dos seres vivos.
  • Darwin apresenta a idéia de parentesco evolutivo entre os seres vivos:
Atualmente já é possível colocar a idéia de que todos os seres vivos compartilhem ancestrais comuns. Ao longo dos tempos várias modificações foram acontecendo, onde diversas espécies surgiram  de outras, provocando o surgimento da enorme variedade de espécies vivas que temos nos dias de hoje.


II- Táxons ou Categorias Taxônomicas 
  • Lineu propõe que os seres vivos fossem classificados em grupos hierárquios, chamados de táxons ou categorias taxônomicas.

                            
                   Hierarquia da classificação biológica
  • A unidade básica da Classificação biológica é a espécie.

Filo (Phylum) : é um táxon usado na classificação científica dos seres vivos.

  • Conjunto de diferentes classes que possuem grandes semelhanças estruturais entre si, forma um filo (na zoologia) ou uma divisão (na botânica).

Relembrando: os invertebrados são todos os animais que não apresentam vértebras. 

- O grupo dos invertebrados reúne vários filos com características bem distintas. Os mais simples são denominados invertebrados inferiores e os mais complexos, superiores. Embora não sejam tão conhecidos como o grupo dos vertebrados, aparecem na natureza em maior número e variedade. São mais antigos e a partir dele é que evoluíram os vertebrados.

- Não há uma única característica positiva comum a todos os invertebrados. Ë imensa a variação no tamanho, na diversidade e na adaptação a diferentes modos de existência.



- Obviamente a zoologia dos invertebrados não pode ser considerada um campo especial da zoologia. Um campo que abrange todos os aspectos biológicos: morfologia, embriologia e ecologia. Além destas áreas limitadas, o número e a diversidade dos invertebrados é grande demais a ponto de não permitir mais do que um bom conhecimento geral dos grupos.

- Cada grupo possui peculiaridades estruturais, terminologia anatômica especial e distinta classificação. Todos estes fatores tendem a exagerar as diferenças entre os grupos e a ofuscar as semelhanças funcionais e estruturais que resultam de modos similares de existência e das condições similares do ambiente.

- Os mecanismos de alimentação dos animais estão intimamente relacionados ao seu modo de vida, que pode ser fixo ou séssil. São radialmente simétricos ou têm simetria bilateral. Apresentam patas ou podem se arrastar, nadar e flutuar. Seus aparelhos digestivos podem ser completos (boca-ânus) ou não, podem retirar oxigênio da água ou do ar. Vivem em todos os tipos de ambientes. Sua alimentação é bastante variada e se reproduzem de forma sexuada ou assexuada, podendo também ser hermafroditas.

De modo geral suas características são específicas para cada filo e podem ser muito distintas até mesmo dentro do mesmo filo, devido a grande variedade de animais.



 Filos que iremos estudar: 

A - Poríferos

B - Cnidários (ou celentrados)

C - Platelmintos

D - Asquelmintos

E - Anelídeos 







Fontes Bibliográficas:
Ficha do Reino Animallia (invertebrados) dos professores Fernanda, Norma Sueli e Joca.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Introdução:

Animais Invertebrados

Os animais são estudados pela zoologia,  zoo significa "animal", e logia, "estudo". Ou seja, estudo dos animais. Para facilitar o estudo, é importante classificar os animais. Uma das formas de fazer essa classificação é dividi-los em dois grandes grupos: vertebrados e invertebrados. Ambos pertencem ao reino Animalia, contudo, a estrutura corporal varia bastante de um grupo para o outro. No grupo dos vertebrados estão os animais que, como os seres humanos, possuem coluna vertebral. Já o grupo dos invertebrados é formado por aqueles que não possuem coluna vertebral.

Principais características:

O grupo dos invertebrados inclui 97% de toda a espécie animal, exceto o dos vertebrados (peixes, répteis, anfíbios, pássaros e mamíferos).
Uma característica comum a todos os invertebrados é a ausência da espinha dorsal. Como exemplo, podemos citar as esponjas (que apesar de nem sempre se enquadrarem nesta categoria, continuam a fazer parte deste grupo).
Além da ausência de espinha dorsal, há ainda outras características comuns a estes seres, como:
· formação multicelular (grupos diferentes de células compõem este organismo).
· ausência de parede celular (pois são formados por célula animal).
· com exceção das esponjas, possuem tecidos como resultado de sua organização celular.
· sua reprodução geralmente é sexuada (gametas masculinos e femininos se combinam para formar um novo organismo).
De forma geral, podemos dizer que a grande maioria dos invertebrados é capaz de se locomover. Contudo, as esponjas somente realizam esta tarefa quando elas ainda são bem jovens e pequenas. Já as lagostas e os insetos são capazes de se movimentar durante toda sua existência.
Diferentemente dos vegetais (que produzem sua própria energia através da fotossíntese), os invertebrados necessitam extrair a energia necessária para sua sobrevivência através de outros seres. Para isso, eles se alimentam de seres autótrofos (vegetais) e heterótrofos (animais).



Ficheiro:Borboleta transparente REFON .JPG

 Ficheiro:SpongeColorCorrect.jpg